Ao longo de minhas andanças pelo universo de experiência do usuário, aprendi a dar a devida importância ao que se denomina tecnicamente de user centric - ou, no bom português, o usuário no centro -, uma das muitas expressões que ouvimos quando falamos de inovação e tecnologia ligadas ao cliente. Uma pesquisa da McKinsey já comprovou a relevância dessa prática ao mostrar que as empresas que efetivamente organizam e gerenciam a experiência do cliente observam uma melhoria de 20% na satisfação do consumidor, um aumento de 15% na conversão de vendas, um custo de serviço 30% menor e um aumento de 30% no engajamento dos funcionários.
A máxima do user centric permeia várias discussões sobre inovação de negócios. Afinal, muitas vezes o usuário ainda não sabe o que quer - ou, pior, não sabe que tem um problema. Mas a verdade é que, antes de uma empresa resolver problemas até então desconhecidos pelos seus clientes, existem muitas questões bem conhecidas que precisam ser solucionadas, e a maioria delas está relacionada à jornada de uso do consumidor.
O fluxo parece simples: uma empresa busca entender melhor seu cliente e seus problemas para, por meio da tecnologia, simplificá-los e resolvê-los. Mas onde exatamente estão os problemas? Pela minha experiência de mais de dez anos no mercado, garanto que, nesses casos, eles costumam aparecer onde menos percebemos.
Sem dúvidas, o primeiro e principal ponto que deve ser levado em consideração quando priorizamos o cliente nos nossos serviços e soluções é a falta de diversidade das equipes, que por vezes fazem a leitura dos problemas baseada em suas próprias experiências. O resultado é um grupo de pessoas que anda em círculos e não sai do lugar. Depois, destaco as leis e regulamentações, uma vez que equipes de tecnologia precisam sempre equilibrar a simplificação com os requisitos legais.
Na sequência, outra questão que merece um olhar mais atento é a priorização. Os times costumam contar com uma lista de itens a serem executados, gerados a partir de várias fontes e com diferentes propósitos: crescimento, necessidades regulatórias, melhoria da experiência, resolução de problemas, entre outros. Cabe às equipes analisar adequadamente e até reavaliar para que seja estabelecida a mais efetiva ordem de prioridade com base nas demandas do cliente.
A outra camada que pede atenção reflete na questão financeira. Entender o usuário envolve tempo e dinheiro, que podem ser investidos direta ou indiretamente - seja com pesquisas ou com a leitura do NPS (Net Promoter Score, sigla que reflete uma pontuação das chances de recomendação de uma companhia por parte de sua rede de clientes), praticando a escuta do time de customer service, ou falando com os consumidores.
No final de tudo, temos que lidar com o ego, que, infelizmente, leva muitos times a acreditar que não há necessidade de investir energia, tempo e dinheiro nessa escuta, pois pensam já conhecer o suficiente quais as necessidades do usuário. Aplicar uma abordagem user centric é essencial para construir relações sólidas com os clientes, manter-se competitivo no mercado e garantir rentabilidade a longo prazo. É uma filosofia que abrange desde a fase de design até a entrega e suporte contínuo do produto ou serviço.
Sobre a Wise
A Wise é uma empresa global de tecnologia que está construindo a melhor forma de mover e gerenciar o dinheiro no mundo.
Com a Wise Account e a Wise Business, pessoas e empresas podem manter saldo em 40 moedas diferentes, transferir dinheiro entre países e gastar no exterior. Grandes empresas e bancos também utilizam a tecnologia da Wise, uma rede totalmente nova para o dinheiro global. Como uma das empresas de tecnologia lucrativas que mais crescem no mundo, a Wise foi lançada em 2011 e está listada na Bolsa de Valores de Londres sob o código WISE.
No ano fiscal de 2024, cerca de 12,8 milhões de pessoas e empresas utilizaram a Wise, que processou aproximadamente £118,5 bilhões em transações internacionais, economizando mais de £1,8 bilhão para seus clientes.
Detalhes do Contato
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- Helene Romanzini
- Gerente de marketing de produto da Wise na América Latina, África e Oriente Médio, responsável por alinhar as estratégias regionais de marketing junto ao time global. Romanzini tem uma sólida experiência no mercado de startups, com mais de 15 anos de carreira, e trabalhou em empresas de referência dos setores de remessas internacionais e transporte por aplicativo, como Easy Taxi e Cabify. Ela também foi sócia em agência de publicidade e fundou sua própria empresa, focada em ajudar pequenos empreendedores nas redes sociais. A executiva é formada em design gráfico pelo Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter).
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