Os avanços do sistema bancário estão sendo impulsionados pela inovação das fintechs, que visam desburocratizar transações financeiras. Segundo um estudo da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) em parceria com a Deloitte, as fintechs representam 9,1% das startups brasileiras, o que deve crescer ao longo deste ano.
Com o número expressivo de fintechs e bancos tradicionais consolidados no mercado, novos desafios e soluções surgem e deixam o cenário cada vez mais movimentado. A Wise, empresa global de tecnologia, lista algumas das tendências para as fintechs para os próximos anos:
A relação das fintechs com os bancos incumbentes deve se estreitar, e muitos desafios podem ser enfrentados em parceria na busca do objetivo em comum de tornar o acesso ao sistema bancário simplificado e mais ágil. A integração entre as partes possibilita aos bancos alavancarem da alta velocidade de inovação e disrupção das fintechs, combinando com a escalabilidade e distribuição de um grande banco. Isso torna a experiência financeira do cliente final melhor e mais globalizada.
Soluções de negócios também deverão ser cada vez mais recorrentes, a exemplo das que levam a infraestrutura da empresa parceira para fintechs e instituições financeiras que querem ampliar os serviços oferecidos aos seus clientes, como a opção de envio de recursos para outros países, conta internacional e cartão multimoedas.
"Essas soluções podem ser uma maneira de agilizar o serviço, já que a tecnologia pode ser incorporada sem o processo de desenvolvimento feito pela instituição interessada. O ideal é investir em um sistema transparente e que inclua não somente a tecnologia, mas a operação, tesouraria, gestão de riscos e todos os aspectos regulatórios para assegurar uma experiência única e em conformidade com todos os requerimentos de compliance", esclarece Pedro Barreiro, líder de Parcerias Bancárias e Expansão da Wise no Brasil.
A inovação proporcionada pelas fintechs ajuda não só no desenvolvimento de novos produtos, mas também a desburocratizar o mercado financeiro. "Um reflexo disso é a revisão e simplificação das regras cambiais, que se modernizaram para o contexto atual", comenta Barreiro.
O ajuste da regulamentação já promoveu mudanças importantes, reduzindo a complexidade do setor. "As novas regras cambiais desburocratizaram o processo tanto para as instituições, quanto para os clientes, e ajudam a promover uma concorrência saudável que torna o mercado mais acessível e atrativo", complementa.
O maior desafio do mercado cambial é ser transparente em relação às tarifas e margens de lucro. Dados do Banco Mundial apontam que o total perdido por empresas e pessoas com taxas ocultas pela falta de transparência chega a £ 187 bilhões. No Brasil, o volume de remessas em 2022 foi de US$ 1,8 bilhão.
"A transparência incentiva a competitividade positiva no setor e uma experiência mais clara e eficiente para o usuário", ressalta o executivo. Manter as taxas de câmbio infladas é uma prática desestimulante para o mercado, e a transparência das instituições financeiras, incluindo fintechs, é essencial para o aumento da confiabilidade dos clientes.
Sobre a Wise
A Wise é uma empresa global de tecnologia que está construindo a melhor forma de mover e gerenciar o dinheiro no mundo.
Com a Wise Account e a Wise Business, pessoas e empresas podem manter saldo em 40 moedas diferentes, transferir dinheiro entre países e gastar no exterior. Grandes empresas e bancos também utilizam a tecnologia da Wise, uma rede totalmente nova para o dinheiro global. Como uma das empresas de tecnologia lucrativas que mais crescem no mundo, a Wise foi lançada em 2011 e está listada na Bolsa de Valores de Londres sob o código WISE.
No ano fiscal de 2024, cerca de 12,8 milhões de pessoas e empresas utilizaram a Wise, que processou aproximadamente £118,5 bilhões em transações internacionais, economizando mais de £1,8 bilhão para seus clientes.
Detalhes do Contato
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- Enio Almeida
- Diretor Executivo da Wise no Brasil e Chief Risk Officer (CRO) para a América Latina. Anteriormente, liderou a área de Risco Operacional da Wise em Londres. Enio possui ampla experiência em gestão de riscos, excelência operacional e desenvolvimento de negócios, tendo liderado projetos multidisciplinares em diversos países. Ao longo de sua carreira, atuou em empresas como HSBC, UnitedHealth Group e WEX Payments, onde se destacou na implementação de processos inovadores com foco no cliente, gerando valor sustentável para clientes e acionistas. É formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná e possui um MBA em Gestão de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas.
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- Efraín Antonio Florencia
- Country Manager de Wise en México, responsable de las alianzas bancarias y los procesos regulatorios en el país. Florencia cuenta con más de 20 años de experiencia en diversas industrias, habiendo trabajado en empresas globales como KPMG, Nielsen, American Express, Swiss Re, Uber y DiDi. Se graduó de la Ingeniería en Sistemas Computacionales por la Universidad Tecnológica de México y completó una especialización en Tecnología Financiera en el Centre for Finance, Technology and Entrepreneurship en Londres.
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