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Uma nova análise de dados do Banco Mundial, conduzida pela Wise (ex-Transferwise), estima que cerca de US$ 11.5 bi serão gastos em tarifas de remessas internacionais em 2021. O levantamento também conclui que US$ 5 bi dessas taxas poderiam ser economizados se o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 10C da ONU, que estipula que as taxas de remessa devem diminuir para menos de 3% em média até 2030 globalmente, tivesse sido alcançado no início deste ano.

E o Brasil não é um dos países no caminho para atingir a meta da ONU: o custo médio das remessas no primeiro trimestre de 2021 foi de 7,17%, acima do objetivo de 3% e da média do G20, de 6,5%. Se a meta tivesse sido alcançada este ano, as pessoas poderiam ter economizado US$ 89,3 milhões em taxas em remessas enviadas do país.

Seguem as informações sobre a análise:

Análise estima que pessoas que enviam remessas internacionais de países do G20 devem perder US$ 11,5 bilhões em taxas em 2021

Levantamento foi feito pela Wise com base nos dados do Banco Mundial; com taxas acima de 7%, o Brasil está longe de atingir meta da ONU de 3% até 2030

As remessas têm um importante papel para milhões de pessoas em todo o mundo e são essenciais para financiar a educação e a saúde. Estima-se que, em 2021, pessoas nos países emissores do G20 enviem mais de US$ 215 bilhões em remessas internacionais para apoiar familiares e amigos.  Uma nova análise dos dados do Banco Mundial, conduzida pela empresa de tecnologia global Wise (ex-Transferwise), revela que cerca de US$ 11,5 bilhões serão perdidos ao longo do caminho devido às taxas de remessas.

A análise ainda indica que US$ 5 bilhões dessas taxas poderiam ser economizados se o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas 10C da ONU, que busca reduzir o custo das remessas para menos de 3% até 2030 globalmente, tivesse sido alcançado no início deste ano. Os 13 países emissores do G20, incluindo Brasil, Estados Unidos e Canadá, geram quase metade dos fluxos globais de remessas; no entanto, o custo de enviar dinheiro para o exterior nesses países continua caro. Desde que a meta foi estabelecida em 2015, os países do G20 reduziram a taxa média em apenas 1 ponto percentual. No primeiro trimestre de 2021, o custo médio de transferência foi de 6,49%.

Principais descobertas sobre os países emissores do G20

Fluxo de saída de remessas em 2020: US$ 207 bi

Fluxo de saída de remessas estimado para 2021: US$ 215.6 bi

Custo médio de remessa no primeiro trimestre de 2020: 6.93%

Custo médio de remessa no primeiro trimestre de 2021: 6.49%

Taxas de remessa pagas em 2020: US$ 11.5 bi

Taxas de remessa estimadas pagas em 2021: US$ 11.5 bi

Taxas de remessa pagas entre 2010 - 2020: US$ 212.5 bi

Economia de taxas se a meta de 3% for atingida em 2021: US$ 5 bi

O G20 alcançará o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030? Não

*baseado nos dados do Banco Mundial e na análise da Wise

O Brasil não tem trilhado um bom caminho para a meta. O custo médio das remessas no primeiro trimestre de 2021 foi de 7,17%, mais do que o dobro da meta de 3%. Se ela tivesse sido alcançada até 2021, as pessoas poderiam ter economizado US$ 89,3 milhões em taxas. Importante dizer que o Banco Mundial classifica o Brasil como país emissor e receptor; o relatório, portanto, analisa apenas os fluxos de saída do Brasil.

Em 2020, os fluxos de saída de remessas no Brasil foram de US$ 1,6 bilhão, e cerca de US$ 126,3 milhões foram pagos em taxas. Para 2021, a saída de remessas estimada é de US$ 1,9 bilhão e as taxas estimadas giram em torno de US$ 145,7 milhões. 

A perspectiva crítica levou o Banco Central do Brasil a decretar mudanças regulatórias nos últimos anos para aumentar a transparência e estimular a concorrência para clientes de varejo. Em breve, isso deve impactar positivamente o mercado e continuar a reduzir os custos, embora análises preliminares sugiram que alguns bancos e provedores ainda escondem certas taxas.

“É alarmante que a taxa média de envio de remessas do G20 tenha caído apenas 1 ponto percentual nos últimos seis anos. Para milhões de famílias em todo o mundo, as remessas internacionais  são a salvação, especialmente em tempos de crise econômica. As pessoas ainda não entendem quanto custa mandar dinheiro para o exterior. Isso porque ainda é uma prática comum criar preços com diversas variáveis, incluindo taxas iniciais e margens ocultas em taxas de câmbio inflacionadas", sinaliza Kristo Käärmann, CEO e cofundador da Wise. 

"O futuro das remessas acessíveis e do cumprimento do Objetivo 10C da ONU depende da transparência. O preço de 'custo total' permite que as pessoas entendam o verdadeiro valor de enviar dinheiro para o exterior e fazer compras, pois podem comparar os preços com precisão. Como parte da cúpula anual do G20 na Itália, os governos devem se comprometer com ações tangíveis para cumprir essa meta”, finaliza o executivo.

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1 Os países do G20 incluem vários dos principais países emissores do mundo: Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coréia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.

2 Dados do relatório “Remittance Prices Quarterly” publicado pelo Banco Mundial

O relatório completo pode ser encontrado aqui.

Sobre a Wise

A Wise é uma empresa global de tecnologia, que está construindo a melhor maneira de mover e gerenciar o dinheiro do mundo.

Com a Conta Wise e a Wise Business, pessoas e empresas podem manter saldo em 40 moedas, mover dinheiro entre países e gastar dinheiro no exterior. Grandes empresas e bancos também usam a tecnologia da Wise; uma rede completamente nova para o dinheiro do mundo. Co-fundada por Kristo Käärmann e Taavet Hinrikus, a Wise foi lançada em 2011 sob seu nome original, TransferWise. É uma das empresas de tecnologia mais rápidas e lucrativas do mundo e está listada na Bolsa de Valores de Londres sob o símbolo WISE.

16 milhões de pessoas e empresas usam a Wise ao redor do mundo. No ano fiscal de 2023, a Wise processou aproximadamente £ 105 bilhões em transações transfronteiriças, economizando aos clientes cerca de £ 1,5 bilhão.

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